sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Ai, que saudades da América
Carta ode de um brasileiro viajante:
Nunca vi fazer tanta exigência
Nem fazer o que você me faz
Você não sabe o que é consciência
Nem vê que eu sou pobre e incapaz
Você só pensa em luxo e riqueza
Tudo que você vê você quer
Ai, meu Deus, que saudade da América
Aquilo sim é que era mulher
Às vezes passava fome ao meu lado
E achava bonito não ter o que comer
E quando me via contrariado
Dizia: Meu filho, que se há de fazer
América não tinha a menor vaidade
América é que era mulher de verdade
Nota: "Ai, que saudades da Amélia." Composição de Ataulfo Alves e Mário Lago
Esta composição fora utilizada nesse espaço: sem fins lucrativos, associando obra original e seus respectivos autores e com nenhuma intenção de depreciar os mesmos.
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Música para os ouvidos
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10 comentários:
Ótima analogia, Dedo. América é que era mulher de um país periférico de verdade.
É saudade de um viajante cuja mulher lhe era o ideal alento, berço mais que materno que fornece seus nutrientes, mais que amante que agrada dando prazeres, meio que filho bastardo agradecendo por ínfimos afagos,talvez cãozinho companheiro, mulher que não existe mais!
Boa cara! A América do Sul pode ser uma mulher de malandro que apanha, mas nunca se abdica de suas funções. Estas que pode ser de preparar a casa p/ que seus visitantes, benquisto ou não, usufruam do bom e do melhor. Num ato de comprazer assistidos pelos seus donos, misto de voyerismo e suingue, porém quando nós vamos deleitarmos toca a sirene do recreio e acabada a festa. Amanhã tem mais... Para eles é claro.
América ainda é USA...
ola como vai?
Excelente ...
América era...
Agradeço presença e comentario em meu espaço...Que tal se nos fizermos sempre lembrar?
Beijo
Amizade
T I N I N
... sei... ha ha ha! Eu sei o que vc fez no verão passado!!!!
beijuuuuuuuuu
Muito legall... essa é a América que eu conheço.
Pena que a América está passada entre novas tecnologias e necessidades.
Boa sacada King of Black Cocada.
Até mais.
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